Filogenia é o estudo da
origem e parentescos evolutivos entre espécies. É um campo muito ligado à
evolução, taxonomia, sistemática e genética. Possui diversas utilidades, das
mais diversas possíveis (de produção de remédios e origem da vida à resolução
de crimes e nazismo). Basicamente, o objetivo final da filogenia é produzir uma
árvore filogenética, onde estão presentes todas as informações, parentescos e
características comuns de seres vivos. Tais gráficos possuem diversos formatos,
mas o mais comum é o "de ramificação" (daí o nome árvore). A seguir,
aprenderemos a ler e interpretar tais infográficos (dependendo do caso, também
chamados de cladogramas, caso só haja cladogêneses). Neste tópico, usaremos
muitos conceitos, então se recomenda que os consulte na barra da esquerda.
Exemplos de árvores
filogenéticas:
De modo geral (em gráficos
convencionais), os táxons mais à esquerda são seres mais primitivos (com maior
número de características primitivas) e os táxons mais à direita são seres mais
evoluídos (com menor número de características primitivas); além de,
geralmente, serem os seres nos quais nos baseamos. Por exemplo, no terceiro cladograma, a referência é o homem, logo ele está o mais a direita, além de ser
o mais evoluído.
Para cima, na maioria dos gráficos, é
o sentido de evolução, ou seja, quanto mais para cima, mais atual e evoluído o
táxon é (percebe-se que o gráfico 5 é uma exceção, pois quanto mais afastado do
início da linha , mais evoluído é). Em alguns gráficos, há uma escala de tempo
junto, como no gráfico 3.
Quanto mais próximos dois táxons
estiverem, mais próximos evolutivamente eles serão. Contudo, podem ser
aparentemente (fisicamente) muito diferentes, já que essa classificação se
baseia em características homólogas e, não análogas.
Cada bifurcação na árvore representa
uma cladogênese, em quanto que uma linha reta para cima (sem bifurcação) representa
uma anagênese. Além disso, a posição (em qual “ramo” está) de uma mutação define
quais espécies terão ou não tal características. Por último, se uma característica
for próxima ao ramo de uma espécie desejada, ela será uma plesimorfia e, no
caso contrário, apomorfia.
Como podemos ver, esse simples
emaranhado de linhas e bifurcações esconde um complexo conjunto de informações,
sendo necessário muito conhecimento e prática para desvendá-lo. Sugerimos que,
em cada árvore filogenética a cima, pratique os seus conhecimentos, procurando
os parentescos entre cada espécie.
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