Apresentações

Este blog destina-se à disseminação e ensino do conteúdo de Biologia do 2º Ano do Colégio Militar de Porto Alegre. O projeto surgiu como uma trabalho escolar criado pelos professores Paim e Letícia para o aprimoramento do ensino do assunto. O grupo é constituído por (todos os membros são alunos da turma 206):
- Adrisson Rogerio Samersla
- Ana Sofia Ehrenbrinc Scheid
- Giselle Turri Serra
- Jeanderson dos Santos Rosa e
- Victor da Rocha Chaves Barcellos
Esperamos que aproveite o conteúdo.

domingo, 16 de março de 2014

Filo Porifera

Filo Porífera

Poríferos são animais que não possuem tecidos definidos, ou seja, acelomados. São esponjas que vivem exclusivamente em ambientes aquáticos, em água doce ou salgada, fixos a rochas ou a estruturas submersas, como conchas, em profundidades de até 6 mil metros. Alimentam-se de restos orgânicos que capturam filtrando a água que penetra em seu corpo e servem de alimento para vários animais aquáticos, como peixes, moluscos e estrelas do mar.


Organização do corpo

As células dos poríferos possuem um certo grau de independência, mas são especializadas em determinadas tarefas e apresentam uma certa "divisão de trabalho". Algumas células se organizam de maneira que se formam pequenos orifícios na esponja, denominados poros. Daí vem o nome do filo (do latim porus: "poro"; ferre: "portador").
O esquema abaixo mostra que a água penetra através dos poros e alcança uma cavidade central, chamada átrio. Observe que a parte externa é revestida por células achatadas, e a parte interna, por células chamadas coanócitos.

O batimento dos flagelos dos coanócitos faz a água e os restos orgânicos fluir para o átrio junto com os restos orgânicos, que são digeridos pelos coanócitos. Depois, o material digerido é distribuído para as outras células da esponja. Como a digestão ocorre nos coanócitos, é dito que a digestão dos poríferos é intracelular. Depois de retirados da água alimentos e oxigênio, ela é liberada para o ambiente por meio de uma abertura chamada ósculo. Na maioria das esponjas, o esqueleto é formado principalmente por células chamadas espículas. A distribuição de alimentos e produção de espículas são realizados pelos amebócitos, um outro tipo de célula. São chamados assim por apresentarem estrutura e movimentos parecidos com os de amebas, executados por pseudópodes.
Muitas espécies possuem mecanismos de defesa, principalmente a produção e liberação de toxinas contra predadores e substâncias anti-microbianas. Além de proteger, esse mecanismo garante mais espaço para que as esponjas cresçam mais rápido, competindo com corais e até com outros poríferos. Essa estrutura torna as esponjas perfeitos abrigos para animais menores e até bactérias, que podem servir como alimento.

Reprodução

A reprodução das esponjas pode ser sexuada ou assexuada. No caso da assexuada, pode ocorrer de três modos: regeneração (uma parte perdida do corpo dá origem a uma nova esponja completa), brotamento (surge um broto na esponja formado por amebócitos, que futuramente se separa e constitui um novo animal) ou gemulação (ocorrendo principalmente na água doce, é o aparecimento de aglomerados de amebócitos envolto por uma membrana dupla e espículas. O aglomerado, chamado gêmula, eclode por uma abertura na dupla membrana, dando origem a uma nova esponja). Na figura abaixo, a reprodução por regeneração:

No caso da reprodução sexuada, os espermatozoides saem pelo ósculo e penetram no interior de outra esponja, onde um espermatozoide penetra o óvulo. Após a fecundação, se forma um zigoto, que se desenvolve e forma uma larva. Essa larva sai do corpo da esponja, nada e se fixa em alguma estrutura, como uma rocha, onde se desenvolve até se tornar uma nova esponja. 

As esponjas já foram classificadas como plantas, mas várias evidências mostram que os poríferos pertencem ao reino animal, sendo os animais mais antigos do planeta. Eles possuem a presença de colágeno, sistema imunológico, cooperação celular, células especializadas e evidências de DNA de que compartilham um ancestral comum com os animais que não compartilham com nenhum outro ser vivo. Possuem exatamente as características que se esperaria nos primeiros estágios da multicelularidade: uma forma simples dos genes necessários para formar neurônios, o início de um sistema sensorial e minúsculos canais de íons necessários para fazer um neurônio funcionar
Animais não surgiram de repente, correndo, nadando e voando sobre o planeta. Os nossos primeiros ancestrais multicelulares teriam sido perfeitamente adaptados ao seu ambiente, e também usado formas simples de comunicação entre células para construir seus corpos e responder a esse ambiente. No vasto espaço de tempo evolutivo, esses métodos foram aperfeiçoados e moldados pela seleção natural, que conduziu ao estupendo resultado que a vida animal tem levado no planeta.

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