Protoctista

     O reino Protoctista é um reino polifilético, ou seja, possui mais de uma origem filogenético. Na verdade, podemos considerá-lo como "o reino dos que sobraram" (pense na seguinte situação: você dever organizar os seres vivos em grupos, você cria parâmetros e os agrupa, mas sempre haverá certos seres que não se encaixarão e, portanto, encaixá-los-á em um grupo aparte. No caso dos seres vivos, esse grupo é o Reino Protoctista). Atualmente, há diversos movimentos para separar esse reino, pois, afinal, eles não possuem muitas semelhanças entre si. Polêmicas a parte, ainda aceitamos tal classificação, logo devemos estudá-la.

     Podemos separar tal reino em três "partes": 

1. Algas unicelulares: seres eucariontes, unicelulares, autotróficos fotossintetizantes;
2. Algas pluricelulres: seres eucariontes, pluricelulares, corpo sem tecidos e em forma de talo, autotrófico fotossintetizante;
3. Protozoários: seres eucariontes, unicelulares, heterotróficos.  

     Imagens de proctistas respectivamente:

 http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/Protista2.php

http://menoskilos.com/2013/03/11/que-son-y-para-que-sirven-las-algas-de-kelp/

http://alemaumbiologo.blogspot.com.br/2011/05/paramecio.html

     Perceba que o nome protozoário (proto=ancestral, antigo e zoario=animal, significado: antigo animal) se deve às similaridades entre os animais e os protozoários (o que sugere que estes dois grupos tenham um parentesco próximo). Além disso, perceba que, apesar das algas pluricelulares sejam fotossintetizantes e pluricelulares, elas não formas tecidos logo não podem ser consideradas plantas.

     As algas vivem em ambientes úmido ou na água. Além disso podem viver relacionados a outros seres vivos: algas+fungos=líquens e algas+cnidários=zoocleras (relação simbiótica). Possuem importância tanto econômica (na emulsificação de alimentos como sorvete, produção de ágar e na própria ingestão) quanto ecológica (são a base de todo o ecossistema marinho, pois constituem os fitoplâncton). 

     Assim como as algas, os protozoários vivem em ambientes com água ou dentro de outros seres vivos. Estes seres possuem, em sua maioria, vacúolos contráteis responsáveis pela osmorregulação e cílios ou flagelos (um ou outro). Além disso, fazem digestão intracelular, por meio de fagocitose ou pinocitose. Uma das principais importâncias do estudo dos protozoários é o estudo das doenças acometidas por estes, dentre elas, destacam-se: 

Doença de Chagas	A doença é transmitida pelas fezes do inseto “barbeiro” infectado com o Tripanossoma cruzi. O inseto fica nas frestas e buracos das casas. Ao picar o homem, ele defeca na ferida, permitindo a entrada do protozoário pela pele.	1. Eliminar casas com frestas ou buracos nas paredes. 2. Impedir a proliferação do inseto “barbeiro”.
Malária	protozoário que causa a malária, o Plasmodium é transmitido pela picada do mosquito Anopheles contaminado.	1. Usar telas de mosquiteiros para impedir a picada do inseto Anopheles. 2. Combater o inseto transmissor.
Amebíase	Os cistos das amebas, que causam esta doença, podem ficar na água e nos alimentos. Vasos sanitários sujos, moscas e baratas ajudam na transmissão desse protozoário.	1. Lavar sempre as mãos. 2. Limpar e desinfetar o banheiro. 3. Sistema de saneamento eficiente.
Toxoplasmose	O protozoário que causa esta doença é transmitido pela ingestão dos seus cistos, presentes nas fezes de animais contaminados, principalmente dos gatos. Fezes de gatos são comumente encontradas em tanques ou montes de areia.	1. Recolher as fezes de seus animais ao sair para passear com eles. 2. Não brincar em tanques ou montes de areia descobertos e não desinfetados.

  http://www.icb.usp.br/~bmm/jogos/microbingo_Tabela_Geral.pdf

Curiosidades

       A matéria a seguir foi retirada dos seguinte site:

http://www.institutocarbonobrasil.org.br/noticias3/noticia=736256 e http://www.southafrica.info/about/science/coalgae-300114.htm 

  Uma inovadora tecnologia foi demonstrada em Janeiro desse ano na Nelson Mandela Metropolitan University, capaz de, com uso de algas, converter poeira de carvão em carvão limpo e de alta qualidade, que pode ser prontamente processado em biocombustíveis. A tecnologia foi pioneira e já há planos de produção e comercialização de produtos, de acordo com nota divulgada pela universidade.
      Uma das principais áreas de estudo do instituto InnoVenton é a conversão de resíduos de carvão em material útil, limpo e de alta qualidade, com o uso de biomassa de algas. Os pesquisadores do instituto descobriram que microalgas podem ser combinadas com carvão e funcionam como excelente formador de carvão fino.
     "Se misturarmos poeira de carvão e a biomassa das algas, as algas irão se juntar na superfície do carvão e ligar as partículas de pó" disse o Professor Ben Zeelie, da InnoVenton. O resultado é um composto carvão-alga, que a equipe nomeou - e patenteou - com o nome Coalgae, uma mistura de coal (carvão) com algae.

Vários aspectos da tecnologia Coalgae foram exibidos na segunda-feira pelo instituto, incluindo a cultura de microalgas em um sistema de foto-bioreator fechado desenvolvido pela universidade, o uso de gás combustível gerado por carvão para suprir as necessidades das algas em dióxido de carbono e nitrogênio, a produção de compostos carvão-alga e sua conversão em óleos simples.

"A capacidade de combinar ambas as matérias-primas (carvão e algas) significa que só um processo é necessário", disse o Departamento de Ciência e Tecnologia da universidade. "Outra vantagem é a tecnologia reduzir os desafios logísticos dos biocombustíveis em mistura, assim como os investimentos em capital necessários à mistura e à infraestrutura de distribuição”.